
Lixo que era lá estava, nitidamente cansada já não tinha ânimo pra comer, sorrir e até mesmo para falar, ficava muda e no máximo chorava sem derramar lágrimas, para não demonstrar qualquer sinal de fraqueza.
A cada tapa era uma nova marca, e marcas ela tinha muitas pelo corpo todo, pareciam um diário de dor, pois afinal, cada marca que estranhamente ficava gravada no seu corpo era uma marca de dor e sofrimento
Certa noite lá estava ela deitada, inerte e desfalecida no sofá, vendo qualquer coisa sem importância na TV, até que surge pela porta da sala um homem cambiando pelo caminho, derrubando os poucos enfeites, o pouco de delicadeza que havia na casa, um ser assim só poderia ser o marido, o marido de Ana Rosa.
E sem motivo ele estava visivelmente nervoso e bêbado, Ana Rosa sabia que essa noite iria sentir dor, chorar e mostrar fraqueza, e por um segundo, um único segundo Rosa sorriu, já era nítido que não se importava mais, e antes de fechar o sorriso levou a primeira bofetada que foi seguida de outra mais forte e um chute, foram repetidas várias vezes essa seqüência de socos e chutes, até que Ana não sentisse mais nada, não visse mais nada, nessas horas Rosa só sabia apanhar.
Ele não parou de bater por um minuto em 30 deles, e trinta míseros minutos ali significavam tempo demais, Ana deu seu ultimo suspiro seguido de um grito de liberdade passados 20 minutos de espancamento.
PS:E mais uma vez não derramou uma lágrima!
