sábado, 28 de agosto de 2010

Com ela não era a mesma coisa, não era só pele, nem tão pouco paixão. Ela tinha algo dela, redundante não? De fato era a mulher pra mim.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O casamento


Lixo que era lá estava, nitidamente cansada já não tinha ânimo pra comer, sorrir e até mesmo para falar, ficava muda e no máximo chorava sem derramar lágrimas, para não demonstrar qualquer sinal de fraqueza.

A cada tapa era uma nova marca, e marcas ela tinha muitas pelo corpo todo, pareciam um diário de dor, pois afinal, cada marca que estranhamente ficava gravada no seu corpo era uma marca de dor e sofrimento

Certa noite lá estava ela deitada, inerte e desfalecida no sofá, vendo qualquer coisa sem importância na TV, até que surge pela porta da sala um homem cambiando pelo caminho, derrubando os poucos enfeites, o pouco de delicadeza que havia na casa, um ser assim só poderia ser o marido, o marido de Ana Rosa.

E sem motivo ele estava visivelmente nervoso e bêbado, Ana Rosa sabia que essa noite iria sentir dor, chorar e mostrar fraqueza, e por um segundo, um único segundo Rosa sorriu, já era nítido que não se importava mais, e antes de fechar o sorriso levou a primeira bofetada que foi seguida de outra mais forte e um chute, foram repetidas várias vezes essa seqüência de socos e chutes, até que Ana não sentisse mais nada, não visse mais nada, nessas horas Rosa só sabia apanhar.

Ele não parou de bater por um minuto em 30 deles, e trinta míseros minutos ali significavam tempo demais, Ana deu seu ultimo suspiro seguido de um grito de liberdade passados 20 minutos de espancamento.


PS:E mais uma vez não derramou uma lágrima!

domingo, 7 de setembro de 2008

-Manda "busca"!


Era uma terra viva, não necessariamente fértil, era viva na cor, dona de um vermelho que se fundia em tudo, nas folhas das árvores, nos pés de quem fiar-se a deixá-los nus. E não eram poucas as folhas e os pés pelados, era uma cidade verde e as crianças estavam quase que o dia todo descalças brincando pelos campos vermelhos.

No alto as pipas estavam sempre a tremular e as batalhas aéreas não cessavam perto de Deus, os campos de bolinhas e pião estavam sempre cheios de crianças pobres e inocentes que não se preocupavam em sujar suas roupas, pois as únicas que tinham já estavam sujas e velhas. As bolinhas de gude ali valiam muito assim como as pipas e piões e eram tratados com devido valor por isso as brigas nos campos eram constantes.

A pesar de pobres todos ali me pareciam felizes e generosos, viviam com pouco, no entanto viviam bem, muito bem. Aquela pequena cidade tornava todos que ali viviam pessoas melhores sem elas nem mesmo perceberem.

É um bom lugar.



PS: Meus pés ainda estão vermelhos

domingo, 3 de agosto de 2008

Essa noite vai ser boa, vai sim!


-Hoje a noite quero fazer dinheiro não importa como, não me interessa quem eu vou roubar se tiver que fazê-lo, os fins nesta noite justificam o meio, por isso digo nessa noite eu vou ganhar dinheiro e me comprar, de fato estou a venda e se você me interessar comprar-te-ei também, não importa como vou fazer só saiba que o farei.


PS: Só quero pagar pra ver.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ilimitada

Nunca acreditei muito nessa histórias de amor a a primeira vista, mas sinceramente com essa menina e aquele olhar acho que foi isso mesmo que aconteceu: amor a primeira vista!

Tudo começou de fato com um olhar eu só passei pela frente da sorveteria e ela me olhou não sei por que, mas olhou nos fundos dos meus olhos ou pelo menos foi assim que eu vi. Eu até tentei um contato maior em uma festa, ela foi simpática , sorriu disse não mas seus olhos esses sim disseram sim! Depois disso vieram os álibis falsos de comprar sorvete pra irmã, mas logo ela com seus cabelos negros e sua pouca idade começou a desconfiava de tanto sorvete. Depois disso não precisei mais da irmã e de tanto sorvete foi ai que entraram as palavras e elas sim alimentavam esse "amor".

Logo ela me disse que queria sair da cidade, cursar uma faculdade legal farmácia ou medicina disse que gostava da parte de estética, era bem comunicativa, disse que gostava de esporte de de maçãs argentinas, e cada palavra que ela deixava sair de sua boca rosada era como uma beijo molhado pra mim, ela com o seu sorriso de convinha tinha pensamentos engraçados, sonhos legais, vontades e manias loucas.

Eu a maior parte do tempo fiquei calado me limitando a responder o que me era perguntado acho que ela sabe pouco sobre mim mas tudo que ela sabe é o que eu sou.


PS: Dizem ser um vontade louca de tomar sorvete Gabriel el el.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Royal!





Agora já era tarde, o jogo já tinha levado tudo que era dele por direito e o que não era também, sempre teve confiança em sua mão e sempre foi um
óptimo jogador, logo um vencedor, era até snobe, adorava dizer que era o dono da mesa, isso aconteceu por muita noites, até que jogou com alguém que foi melhor que ele uma única vez e para quem está acostumado a ganhar perder uma só vez é como perder todas e foi isso que aconteceu, João Augusto perdeu todas as outras partidas, todo dinheiro, a casa, os carros, os filhos e o amor de uma mulher.






PS:
Dizem que na ultima jogada a mão dele estava quente!

domingo, 1 de junho de 2008

Vestido Branco


Até pouco tempo era virgem, frequentava igreja, amava João Augusto, sonhava casar de branco, gostava do barulho da chuva.

Não sei o que aconteceu aquele dia e acho que nunca vou saber. Depois daquilo Ana Rosa passou a fumar e até soltou fumaça na minha cara, já não podia mais usar branco não sabia quem era João Augusto, morava agora em uma capital, e como que por prazer fazia dinheiro em diferentes camas por ai, nunca chorou depois de nenhuma relação paga na verdade não chorou mais, nenhuma vez mais e do mesmo jeito que aquele dia tirou sua juventude, levou suas lágrimas também.

Certa noite Rosa decidiu não fazer programa, resolveu ficar por ali no quarto da pensão barata que tinha escolhido pra chamar de lar, era uma noite quieta e sem estrelas tudo cheirava a margarida, chegou a pensar na mãe, no fim da noite viu que já fazia algum esforço pra trazer a mente a fisionomia dos que antes eram sua vida e mais uma vez não chorou.





PS: Dizem que ela ficou com o branco do vestido.