sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O matador de Galinhas



Já não se sujava mais -tinha calos e rugas nas mãos- porém fazia tamanha tarefa com mestria e antes de executa-la acariciava a vítima, de forma a transmitir calma, talvez. E nesse mesmo instante tirava cuidadosamente pequenas e castanhas penas do pescoço da amiga.




Com olhos bem atentos e uma velha faca, tirava toda calma que ali havia depositado, foi por um pequeno corte -na parte sem pena do pescoço- que deixava o sangue escorrer em um prato pois da "bixa" só não aproveitaria as penas e os ossos, e mais uma vez ao mesmo tempo que fazia sangrar, segurava forte a amiga como quem diz: - eu estou aqui.




Esse ritual se repetia a cada domingo em família, perder amigos estava na rotina daquele homem, Osmar que o tempo chamara de mazinho e dera rugas sentava-se a mesa e por fome ou amizade era o que mais comia, era o que tirava mais proveito do vinculo criado com o animal, não, não tinha remorso e talvez nem fome, isso era uma forma de levar os amigos sempre com ele.



Matava a fome, galinhas, amigos.

Um comentário:

menina Da lua disse...

biel!! =DD
aee! q legal vc me passar o end daqui! me sinto lisongeada! xD
valeu por 'dividir' comigo esse espaço seu q é tao particular! =]]

gostei muito do texto! é legal escrever sobre as pessoas q agnt ama, q tao sempre junto, elas sim sao importantes! ^^
amei o 'não tinha remorso e talvez nem fome'! =D
e a ultima frase fechou muito bem o texto! =]

agora estou curiosa pra proxima publicaçao! xD

beijoss 'moço mal-comportado'! ;P